A relação entre Vício e Trauma

A relação entre Vício e Trauma

Uma das coisas que raramente pensamos sobre os vícios, e que é essencial para entendermos seu mecanismo de funcionamento, é que ele traz “benefícios” para o viciado. Os vícios podem oferecer alguma espécie de alívio para dores físicas e psíquicas, além de serem uma forma de escapismo de uma realidade sobre a qual o viciado sente não ter controle. O vício é também uma maneira de compensar uma insatisfação. Por isso, talvez a maneira de olhar para ele deva mudar; devemos perguntar qual a sua origem. Qual é a dor, a falta e a insatisfação que geraram esse vício?

 

Traumas podem gerar vícios

O que os estudiosos do comportamento humano observam é que acontecimentos da infância são carregados de significado e continuam relevantes até a vida adulta. Situações adversas vivenciadas na infância podem levar ao desenvolvimento de traumas. Isso não quer dizer que todas as pessoas que passam por isso vão se tornar dependentes químicos, por exemplo. Afinal, todos carregamos certas questões que necessitam de resolução. Mas é correto dizer que todos os dependentes carregam algum tipo de trauma, e, não raro, esse trauma vem da infância.

Isso significa que o tratamento da dependência química e outros vícios deve envolver compaixão, compreensão e empatia. Muitas vezes, uma postura punitiva, que culpabiliza o dependente, produz o efeito contrário do desejado. Pode levar à marginalização voluntária dessas pessoas, que se sentem cada vez mais incompreendidas. Temos que considerar que a dependência tem raízes emocionais, que sua origem é um sofrimento do qual o dependente não conseguiu, ainda, se libertar.

 

Desmistificando o vício

Talvez uma das compreensões errôneas do vício, que levam a esse tratamento combativo e punitivo, seja o de que o vício foi uma escolha da pessoa. Esse olhar inquisidor é muito comum tanto em certos profissionais quanto na população em geral. Dizem que, se a pessoa sabia dos riscos de certa substância antes de usá-la, então a culpa pelas consequências é dela mesma. Mas isso está longe de tocar o cerne da questão. O julgamento moral é uma barreira para que o verdadeiro problema seja enfrentado.

Outra incompreensão a respeito do vício é a questão de sua predisposição genética. Muitas pessoas entendem as causas genéticas do vício de forma determinista – isto é, que se há um antecedente genético, o vício é inevitável. Na verdade, é muito mais complexo do que isso. O que estudiosos observam é que o ambiente é mais determinante no desenvolvimento dos vícios que fatores genéticos. É mais provável que os filhos repliquem comportamentos viciosos dos pais não por motivos genéticos, mas por replicação.

 

Mas o que é o vício?

Precisamos esclarecer que os vícios não dizem respeito apenas a substâncias químicas ou comportamentos autodestrutivos. As diversas compulsões que vemos cotidianamente são igualmente vícios, pois estes se referem a mecanismos mentais de compensação, prazer e alívio temporário de algum sentimento, pensamento ou condição que cause desconforto e sofrimento. Isso inclui, sim, substâncias químicas, mas também jogos, compras, sexo. Se um hábito se torna um imperativo tão forte que a pessoa se torna incapaz de controlar, inclusive em detrimento de pessoas e situações importantes, trata-se de um vício. É preciso entender que o vício não é apenas do outro, mas também nosso. Todos estamos sujeitos a desenvolver vícios, que podem prejudicar nossa vida e nossas relações. Por isso, precisamos ter empatia.

 

Como tratar?

Muitos profissionais se dedicam a tratar pessoas com algum tipo de vício e, em todos os tratamentos, o apoio daqueles que amamos é fundamental. Aqui no Instituto Diferenser valorizamos muito as relações familiares e, como mencionamos anteriormente, essas relações são determinantes no nascimento de um vício, pois os traumas da infância deixam marcas para a vida toda.

Superar traumas desse tipo exige diálogo, compreensão, perdão e um encontro honesto com a raiz dos problemas. É nesse momento que as técnicas como a Constelação Familiar e o DNA Connection podem ajudar, pois elas levam o paciente ao cerne do problema, trazendo à luz o trauma que se escondia em seu subconsciente e prejudicou tanto sua vida.

Pare de sofrer, abra sua mente para novas possibilidades e venha viver o Diferenser!

 

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