Os relacionamentos humanos nunca são fáceis, quando falamos em relacionamentos matrimoniais então, a conversa vai longe. A Constelação Familiar tem em seu âmago a compreensão e desemaranhamento de questões prejudiciais aos relacionamentos, mas e quando o relacionamento já chegou ao fim? A Constelação Familiar pode ajudar em casos de divórcio? Em seu livro “A simetria oculta do amor”, Bert Hellinger fala sobre o tema.
O autor defende que quando finalmente ocorre a separação, ambos os parceiros se veem diante das possibilidades e riscos de um novo começo. Caso um deles rejeite a oportunidade de começar de novo e ignore a possibilidade de criar algo bom, ele está escolhendo se apegar à dor, tornando difícil que ambos se libertem da relação que chegou ao fim.
Quando a separação é dolorosa é comum que busquemos alguém para incriminar. Trata-se de uma forma de arrumar um bode expiatório para aliviar a dor. Para Bert, um casamento não se desfaz porque um parceiro é culpado e o outro inocente, mas sim, porque um deles está sobrecarregado de problemas oriundos de sua família, ou ambos caminham em direções opostas.
Ao incriminar o parceiro, cria-se a ilusão de que a história do casal poderia ter sido diferente, que algo poderia ter sido feito para salvar o casamento. Quando isso ocorre, a profundidade e a gravidade da situação são ignoradas, fazendo com que os parceiros comecem a recriminar e a acusar um ao outro. Porém, se ambos aproveitarem as novas oportunidades para realmente fazer alguma coisa, eles se libertarão e ficarão aliviados do fardo.
Como superar?
Segundo Bert, a solução para combater a ilusão e a crítica destrutiva é aceitar a forte dor causada pelo fim do relacionamento. Nenhuma dor dura para sempre e está também vai passar, porém, essa dor ainda é angustiante. Agora você deve estar pensando: “mas por que eu vou querer sentir essa dor?”
É um questionamento válido, Bert esclarece que quando os parceiros se dispõem a sofrer, eles poderão tratar do que merece ser tratado e abrindo mão daquilo que deve ser deixado para trás com lucidez, ponderação e respeito mútuo. É preciso aceitar o sofrimento e a tristeza para não entrar no caminho da raiva e da censura.
Bert diz que o que faz um casal não conseguir se separar civilizadamente é o fato de não saberem tomar plenamente um do outro aquilo que lhes foi oferecido. Por isso, eles devem dizer um ao outro: “Recebi o que de bom me deste e vou guardá-lo como um tesouro. Tudo o que te dei, dei-o com gosto, portanto, guarda-o também.
Assumo a minha parcela de responsabilidade pelo que saiu errado entre nós e deixo-te a tua. Agora partirei tranquilo”. Quando o casal consegue dizer isto um ao outro de forma sincera, poderão enfim, se separar em paz.
É impossível que em uma separação não haja sofrimento e culpa, mas é possível aceitá-las, viver com elas e seguir em frente.
Liberte-se deste ciclo de tristeza, conclua de uma vez por todas tudo que te prende ao passado e seja Diferenser!
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