A experiência de ouvir vozes é mais comum na infância, mas, apesar de bastante recorrente, é pouco compreendida. Por um lado, acredita-se que necessariamente é fruto de alguma doença psiquiátrica; por outro, que as vozes vêm de demônios que estão em contato com a criança. Ou ainda pior: acreditam que é apenas algo inventado para chamar atenção. Mas o que realmente são essas vozes? Elas realmente existem ou são meras alucinações, que não devem ser levadas a sério? Vamos tentar esclarecer essas e outras dúvidas sobre esta experiência que se tornou um estigma social.
Ouvir vozes?
Os ouvidores de vozes existem há milênios, com incontáveis registros no decorrer da história. Muitas vezes, esse fenômeno era associado a algum tipo de religiosidade, como os oráculos na Grécia Antiga, conferindo status e respeito ao ouvidor de vozes. Em nossa sociedade, com a patologização cada vez maior da vida e da saúde, criou-se a imagem da “loucura”, que mancharia para sempre diversos fenômenos díspares em uma única categoria patológica.
Já falamos diversas vezes aqui sobre como possuímos também uma dimensão espiritual. É uma das dimensões do Ser, que não deve ser ignorada ou negligenciada, pois é tão importante quanto a dimensão visível, palpável. Não apenas somos seres espirituais, mas estamos em contato o tempo todo com o plano espiritual. E as vozes são justamente fenômenos espirituais que se manifestam.
Uma Experiência Espiritual?
Sim, na maioria das vezes, essas vozes são uma experiência espiritual, ou seja, revela a mediunidade, que existe em maior ou menor grau em todos nós. A criança é extremamente sensível às influências espirituais que a cercam, e não compreende o que significam. Com o pouco repertório que possuem, muitas vezes têm dificuldade de comunicar exatamente a experiência que têm.
Apenas uma ínfima minoria das pessoas que ouvem vozes é diagnosticada de fato com algum transtorno psiquiátrico, como a esquizofrenia. Mas o estigma continua, e a patologização das vozes impera. Por isso, é preciso deixar de lado essas ideias prontas sobre ouvir vozes e encarar o assunto com seriedade, acolhendo a criança e fazendo-a se sentir segura.
Apoiar é o primeiro passo
O estigma não deve existir dentro de casa. O principal a se fazer é respeitar o relato da criança (ou adulto) que diz ouvir vozes, reconhecendo o fenômeno sem criticar, demonstrar medo ou menosprezar. Uma resposta negativa às vozes pode levar a criança a se fechar, isolando-se cada vez mais no decorrer dos anos, sem saber lidar com esse fenômeno que ela não compreende e que a impede de criar laços com as outras pessoas, temendo ser ostracizada. É por isso que o apoio dos pais é tão importante: a experiência por si só já pode trazer bastante sofrimento para a criança, e sem apoio pode ficar ainda pior.
O que fazer?
Para lidar melhor com a situação, é importante buscar apoio profissional. Aqui no Instituto Diferenser estamos preparados para te ajudar a compreender sobre este movimento, que é uma fenomenologia, da espiritualidade. Desta forma, estamos aqui para colocar luz às compreensões sobre este assunto, que ainda é um estigma social. Já atendemos diversos casos assim e nos colocamos à disposição para te ajudar com estas questões pelas quais você pode estar passando também e não consegue ajuda plausível.
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