É comum em muitas famílias que o pai ao qual o filho conviveu a vida inteira não seja seu pai biológico. Em casos como este ocorre um grande choque e causa uma recusa no filho na aceitação deste “novo” pai ou uma revolta direcionada aos familiares que esconderam essa informação. Quando existe a ocultação da identidade do pai (filhos extraconjugais, adoção, etc…) acontece uma grave violação no direito ao pertencimento.
De acordo com os estudos de Bert Hellinger – criador da Constelação Familiar – o pertencimento é a lei sistêmica que garante o equilíbrio e a ordem dentro de nosso sistema familiar. Apesar de invisível, essa lei atua em todos os agrupamentos humanos, principalmente na família, onde todos os membros tem o direito de pertencer e ocupam um lugar exclusivo dentro do sistema familiar.
Você tem um pai ausente? Saiba que excluí-lo da sua vida é perigoso
Quem nunca ouviu aquela famosa frase: pai é quem cria. Claro, não podemos e não devemos desprezar um pai de criação, mas dentro desta crença está embutida uma perigosa exclusão. Ao olharmos para a lei do pertencimento nos sistemas familiares o lugar e a função de um pai biológico não podem ser negados ou substituídos.
Excluir alguém de nossa consciência e alma, seja por medo, condenação ou esquecimento, traz consequências terríveis. A consciência coletiva do sistema familiar cria uma grande pressão por compensação, fazendo com que um membro das próximas gerações da família represente o membro excluído, repetindo seu destino para que os demais membros do sistema familiar, de alguma forma o olhem e o reconheçam.
Aprender a aceitar o seu pai é o caminho para ter vida melhor
Você pode saber quem é e para onde vai sem conhecer seu passado? Suas raízes? Certamente não, pois o passado molda quem somos hoje e conhece-lo é fundamental. Devemos sempre lembrar que filhos são os seus pais, ou seja, uma mistura perfeitamente equilibrada de 50% do DNA do pai e 50% do DNA da mãe.
Quando dão vida a um filho, os pais não podem acrescentar nem excluir nada, do mesmo modo, os filhos ao tomar a vida dos pais nada podem acrescentar ou recusar. Por isso é tão difícil alguém ter êxito na vida sem tomar plenamente um dos pais, claro, existem aqueles que usam a raiva para agir e alcançam algum sucesso, porém, essas conquistas não se perpetuam.
No olhar sistêmico das Constelações Familiares, tomar pai e mãe é honrá-los e aceitá-los como são e como puderam ser. O ato de tomar os pais é uma prova de humildade e representa um sim a sua vida, um sim ao seu destino. Rejeitar o pai, por exemplo, é rejeitar uma parte de si, é esvaziar-se e perder o propósito da vida.
A maneira como nos relacionamos com nosso pai, tanto hoje quanto no passado, reflete na maneira como nos relacionamos com nossa profissão, com parceiros, com figuras de autoridade e como nos vemos inseridos neste mundo. Na maioria das vezes que não tomamos o pai passamos por muitas profissões e não nos fixamos em nenhuma. Em casos mais extremos, o filho que tem a identidade do pai ocultada não encontra sentido na vida e tenta fugir da realidade seja pelo consumo de drogas ou pela devoção cega a uma seita ou religião, por exemplo. Essa é uma forma desesperada de preencher um vazio interno, uma busca secreta e inconsciente do pai não tomado.
Para evitar esses problemas utilizamos a Constelação Familiar e configuramos os sistemas familiares em um espaço físico, criando uma espécie de geometria das relações. Quer saber mais sobre essa terapia fenomenológica e como ela pode transformar a sua vida? Então venha para o Diferenser e caminhe com força e entusiasmo em direção a felicidade.
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