Falar é a Melhor Solução

Falar é a Melhor Solução

A palavra suicídio foi criada em 1737 por Desfontaines. Com origem no latim – sui (si mesmo) e caederes (ação de matar) –, ela aponta para a necessidade de buscar a morte como um refúgio para o sofrimento que se torna insuportável. Esta ação voluntária e intencional parte do ponto de vista que a morte significa o fim de tudo, um mergulho no nada, visão esta acentuada pelo viés materialista que envolve a nossa civilização.
Mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. A cada 40 segundos, alguém no mundo interrompe a própria vida.

Por muito tempo, evitou-se falar sobre suicídio. Como um segredo familiar varrido para debaixo do tapete, ele ficou invisível, porém sempre à espreita. Como era de se esperar, o silêncio não curou essa chaga social. Na década de 1960, fundou-se a Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, maior organização não governamental de atuação nessa área.

No dia 10 de setembro, celebra-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio que tem como lema “Conectar, Comunicar, Cuidar”. Instituída em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem como objetivo prevenir o ato do suicídio através da adoção de estratégias por governos de diferentes países. No Brasil, a celebração integra a campanha “Setembro Amarelo”, que é realizada no país desde 2014 numa iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), e campanhas passaram a falar mais abertamente sobre o tabu.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de óbitos autoprovocados é significativamente maior que aqueles causados por homicídio: 800 mil por ano, contra 470 mil.

No Brasil, 11 mil pessoas tiram a própria vida, sendo que nos anos de 2011 a 2015 o índice de suicídio aumentou 12% entre os jovens de 15 a 29 anos, segundo dados do Ministério da Saúde (MS) em conjunto com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O suicídio representa 1,4% de todas as mortes em todo o mundo, tornando-se, em 2012, a 15ª causa de mortalidade na população geral; entre os jovens de 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de morte.

Homens e mulheres de 15 a 29 anos constam como categorias que ocupam, respectivamente, a terceira e a oitava posição entre as vítimas de suicídio no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde (2017), as mulheres nos anos de 2011 e 2016 tiveram 69% de tentativas de suicídio, 58% delas por envenenamento. Já os homens, no mesmo período, são os que mais morrem por suicídio, com uma porcentagem de 79%, 62% por enforcamento.

As tentativas de suicídio ou sua prática efetiva envolvem sempre uma grande dose de sofrimento, tensão, angústia e desespero. Esta dor da alma pode ser real ou ser a consequência de uma crise de natureza afetiva, de uma conturbação mental, como, por exemplo, a psicose no seu grau mais agudo, ou de uma depressão com sintomas delirantes. Se estes estados alterados da mente vêm acompanhados do consumo de drogas e de álcool, a ação é potencializada significativamente, o que torna a atitude suicida praticamente inevitável. O indivíduo pode ou não deixar uma explicação de seu ato para familiares e amigos, através de uma nota ou de uma carta.
Uma revisão de casos conduzida pela OMS com dados de 15.629 suicídios ilustra bem essa situação: 35,8% das vítimas tinham transtorno de humor; 22,4% eram dependentes químicas; 10,6% tinham esquizofrenia; 11,6%, transtorno de personalidade; 6,1%, transtorno de ansiedade; 1%, transtorno mental orgânico (disfunção cerebral permanente ou temporária que tem múltiplas causas não psiquiátricas, incluindo concussões, coágulos e lesões); 3,6%, transtorno de ajustamento (depressão/ansiedade deflagradas por mudanças ou traumas); 0,3%, outros distúrbios psicóticos, e 5,1%, outros diagnósticos psiquiátricos. Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado.

Todos esses transtornos são tratáveis, porém, esbarram no preconceito não só de pacientes, mas de familiares. Aqui no Diferenser temos técnicas psicoterapêuticas para intervenção nestas questões.

Estatísticas no Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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