Os relacionamentos amorosos trazem diversos desafios para a vida do casal. Relacionar-se com alguém não se resume a conhecer melhor uma outra pessoa, mas também é uma jornada de autoconhecimento, de descobrir os próprios limites, de refletir sobre as próprias ações e pensamentos. Muitas vezes, podem surgir conflitos. Mas como lidar com eles?
O que gera os conflitos?
Antes de tudo, é preciso refletir sobre a causa dos conflitos. A grande maioria deles não vem necessariamente das diferenças de gosto, da personalidade ou das manias. Na verdade, a maior raiz dos conflitos está nas expectativas que são criadas em relação à outra pessoa. Normalmente, essas expectativas vêm de relacionamentos anteriores, de traumas e de outras questões exteriores ao relacionamento. Ou seja, não têm nada a ver com a outra pessoa. É uma coisa interna.
O conflito surge quando essas expectativas se tornam cobranças, que nem sempre são comunicadas – ou, quando são comunicadas, é comum que não sejam comunicadas de forma eficiente. Muitas vezes cobramos o outro por algo que nunca pedimos, nunca deixamos claro o que queríamos, nem perguntamos se aquela pessoa poderia nos oferecer o que queremos. Já trazemos uma série de ideais e ideias preconcebidas que pesam no relacionamento. Mas por que exatamente isso é ruim?
A expectativa é um filtro que faz a gente enxergar no outro apenas aquilo que ele não é. E, com isso, nos esquecemos de apreciar e aceitar aquilo tudo que ela é. É como se nós mesmos colocássemos uma barreira que nos impede de enxergar todas as qualidades da outra pessoa. É preciso entender, entre outras coisas, como o outro funciona, quais são suas motivações, qual sua maneira de expressar seu amor e quais os traços marcantes de sua personalidade. E amá-lo diariamente por aquilo que ele é.
O que destrói um relacionamento?
Outro ponto crucial é que, com o tempo, deixamos de ter medo de perder a pessoa e acabamos deixando de fazer todas as coisas que, no início do relacionamento, eram importantes para manter o interesse sempre vivo. Quando passamos a ter certeza, erroneamente, de que a pessoa sempre estará lá.
A certeza gera monotonia. A pessoa deixa de te parecer interessante e, sem perceber, tudo o que você consegue enxergar são os seus defeitos. É como se, inconscientemente, você buscasse motivos para excluí-la de sua vida. E, no momento em que você associa à pessoa mais coisas ruins do que boas, não faz mais sentido ficar juntos. É a morte do relacionamento.
As 6 necessidades humanas
Segundo Anthony Robbins, os seres humanos possuem 6 necessidades básicas. É importantíssimo ter consciência delas não apenas em relação ao outro, mas também em relação a si mesmo. São elas:
Certeza: Está ligada à nossa necessidade de conforto, estabilidade e segurança. Essas coisas estão ligadas diretamente a um instinto de sobrevivência, de buscar o prazer e evitar a dor, ou seja, à nossa capacidade de autopreservação.
Variedade: É a emoção do desconhecido, da mudança e dos desafios. Isso pode parecer não fazer sentido com a primeira necessidade, mas faz: somos seres contraditórios, extremamente complexos. Não somos como máquinas, totalmente previsíveis e programáveis; pelo contrário, somos seres atravessados por desejos e demandas que se contradizem mas que não se anulam.
Amor e conexão: Somos seres que, por natureza, precisam do contato com o outro e de sua atenção. As nossas necessidades emocionais são tão importantes quanto as físicas, e têm um peso igualmente importante para nossa sobrevivência. Sem isso, nossa vida se torna vazia, solitária e triste.
Significado: Todos precisamos saber que significamos algo para alguém, isto é, que somos importantes. Isto é, que o mundo não é indiferente à nossa existência, que não somos invisíveis. Somos dignos da atenção, do respeito e do interesse do outro. Se não conseguimos essa confirmação do mundo, aos poucos deixamos de enxergar sentido em nossa vida.
Crescimento: Trata-se de nossa necessidade intrínseca de evoluir, de buscar mais, se não se contentar com qualquer coisa. Nossa necessidade de aprender, de crescer, de progredir, sem as quais nós nos sentimos estagnados, incapazes e inseguros. Essa é uma busca interior, relacionada à realização pessoal, ao próprio aprimoramento.
Contribuição: Ao mesmo tempo em que o último item parecia apontar para um lado egoísta e autocentrado, este vem para nos lembrar de que também necessitamos da sensação de que estamos contribuindo para algo maior que nós mesmos, que nossas ações não são meramente egoístas, mas contribuem também para o bem-estar, a alegria e a felicidade alheia. Dessa maneira, nós nos sentimos conectados ao mundo de maneira mais profunda.
Como resolver os conflitos?
Por diversos motivos, os conflitos acabam surgindo, e, uma vez instalados no relacionamento, fica cada vez mais difícil resolvê-los sozinhos. Aqui no Instituto Diferenser, atendemos muitos casais que buscam nossa ajuda para mudar esses padrões, e temos obtido resultados incríveis. Quando há vontade, empenho e a orientação correta, os casais são capazes de recuperar aquele brilho no olhar do início do relacionamento.
Isso porque nossas terapias, como a Constelação Familiar, o DNA Connection e a Psicanálise Sistêmica, por exemplo, proporcionam um autoconhecimento profundo do ser. Somente quando temos autoconsciência é que criamos maturidade para entender o outro em toda sua complexidade.
Muitas de nossas questões têm origem em nosso passado longínquo, ou até mesmo em nossos ancestrais. E nós atuamos como mediadores nessa jornada tão preciosa de autodescoberta. Descobrindo a si mesmo, é possível descobrir novas maneiras de estar junto da pessoa amada, de forma mais harmoniosa, equilibrada, amorosa, compreensiva e apreciativa. Afinal, não é essa a busca de todos nós?
Fuja do óbvio, descubra um novo caminho, seja Diferenser!