Poderíamos dizer “evolução”, mas isso seria uma resposta muito ampla que não explicaria muita coisa. Antes de entender por que estamos aqui, é preciso analisar o que veio antes. Quando o espírito se prepara para sua vinda à Terra, ele possui o conhecimento do que viveu anteriormente em suas diversas vidas – com quem brigou, o que fez e o que gostaria de ter feito, pessoas a quem ele fez mal, pessoas que lhe fizeram mal, obras que realizou, obras que ficaram incompletas, injustiças que cometeu. De posse de todo esse conhecimento, o espírito prepara sua vinda
Familiares não estão em nossa vida por mero acaso biológico
Nossa família, amigos e pessoas próximas não são escolhidas por mero acaso, mas porque certamente há algo a ser resolvido.
Quando se chega na Terra, no entanto, um problema pode acontecer: a recusa de solucionar conflitos com aqueles que nos causam antipatia, sejam pessoas próximas, familiares ou colegas de trabalho. A justificativa é sempre a mesma: “Ele é quem tem causado os conflitos, por que eu tenho que resolver?”
Isso é uma situação comum mesmo entre aqueles que têm conhecimento sobre a espiritualidade. Conflitos entre irmãos são os mais recorrentes. Quando há desentendimentos acerca de questões fundamentais, é comum que cada um se agarre ao próprio ponto de vista de forma inflexível. A falta de compreensão mútua faz com que um culpe o outro pelos desentendimentos.
Usar de desculpas como essas é esquecer que não há paz enquanto alguém não der o primeiro passo em busca da solução. Como dito anteriormente, é preciso analisar o que veio antes, buscando quais situações em vidas anteriores fizeram com que houvesse a necessidade de, nesta vida, todos viverem juntos. Afinal, quais as razões de as discórdias ainda persistirem no presente? Somente buscando as origens mais profundas desses conflitos é que será possível resolvê-los.
Por quantas vidas mais um conflito vai ser arrastado?
Quando temos condições de olhar para um problema e viramos as costas, estamos virando as costas para o que programamos para esta existência. Não podemos esquecer que um problema não desaparece apenas porque não olhamos para ele – pelo contrário, ele é arrastado, existência após existência, e a cada vida vai ficando mais difícil de resolver.
Resolvendo dilemas, encontramos a paz.
Texto de Bruna Catuzo
Psicoterapeuta