Durante toda a nossa existência buscamos conexão com tudo ao nosso redor e segundo o biólogo inglês Rubert Sheldrake, essa conexão não apenas é real, mas é extremamente poderosa. O chamado Campo Mórfico ou Morfogenético é um elemento que ajuda a organizar nosso cérebro, atuando como uma extensão invisível de nossas células.
Essa conexão é tão profunda que é como se as nossas mentes conseguissem sair de nossos corpos, alongando-se e conectando-se ao mundo, as pessoas e ao ambiente. O mesmo ocorre em relação as plantas e animais. Na prática, Sheldrake aponta que este campo pode ser percebido no comportamento de pássaros que voam em perfeita sincronia, na sensação de estar sendo observado, nos animais de variadas espécies que migram na mesma época, entre outros.
Mas afinal, o que é Campo Morfogenético?
Partamos do princípio, a palavra morfo ou “morpho” vem do grego e significa: forma. Já o termo: genética, tem sua origem na palavra gênese, que significa origem. Por isso, os Campos Morfogenéticos são entendidos como ordens e estruturas que formam padrões de comportamento, ou seja, todas as coisas possuem uma “auto-organização”, pré-determinada por seus próprios modelos estruturais.
Os Campos Mórficos são meios pelos quais circulam a informação, determinando comportamentos característicos que são disseminados através do espaço e do tempo. Não se trata de campos estáticos ou físicos, pois eles são invisíveis e mutáveis possuindo uma identidade própria que não perde força mesmo após sua criação.
Seguindo essa linha, Sheldrake aponta que tanto pessoas quanto animais e plantas podem seguir padrões comportamentais bons ou ruins herdados de gerações anteriores, e até mesmo, perpetuá-los para as próximas gerações. Isso ocorre porque existe uma espécie de memória nos campos morfogenéticos, proveniente do passado e que estimula comportamentos específicos dentro dos ambientes auto organizados. Este processo de herdar memórias inconscientes também pode ser chamado de Ressonância Mórfica.
Em seu livro: Uma Nova Ciência da Vida, lançado em 1981, Sheldrake destaca: “Os Campos Mórficos funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de uma grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras. É deste modo como eu acredito que eles funcionam”.
Seguindo o pensamento do biólogo podemos entender que essas informações disseminadas de geração em geração nos auxiliam no entendimento dos processos atuais de forma mais assertiva e não aleatória ou especulativa. O conhecimento dos Campos Mórficos traz maior compreensão dos padrões comportamentais dos organismos vivos, ajudando-nos a prever com mais fidelidade suas ações, hábitos e resultados.
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